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CUIDADO COM SPOILERS!

Spoilers são revelações. Se você não quer saber de coisas sobre o seriado, evite posts com spoilers! Todos os posts feitos aqui que contenham spoilers estarão com o aviso no título.

Entendendo (ou explicando) o final de LOST

dezembro 1, 2012

Há algum tempo terminava uma das séries mais importantes da minha vida. Era abril de 2010 e a ABC exibiria finalmente o demorado e cheio de expectativas último episódio do seriado LOST, de J.J. Abrams. Como de praxe, ajustei meu televisor (torrent) e esperei o programa passar (baixar). Duas horas depois de abrir o arquivo com suspense indescritível, o “eu” de dezessete anos estava lá, sentado em frente ao computador, extasiado, com os olhos suados. Eu tinha acabado de ver na minha frente os últimos minutos de um seriado que tinha feito parte dos últimos seis anos da minha vida. Estava feliz, convencido e satisfeito. Diferente do resto do pessoal do Twitter, que eram as únicas pessoas que trocavam idéia do seriado comigo.

Alguns argumentos se baseavam na idéia precipitada que todos tiveram no episódio final quando, no fim, Jack Shephard percebe, finalmente, que todos os personagens que estão na igreja estão mortos. “Fine and done”, pensei. Achei que não tinha entendido o final, e fui assistir de novo dali algum tempo. Percebi que não. Todos os mimimis do Twitter, Facebook e outros blogs eram baseados no mesmo erro: a precipitação e a não compreensão da diferença entre os conceitos das linhas do tempo do purgatório (ou seja lá como você prefere chamar: limbo, universo paralelo, plano espiritual) e da do mundo real.

Depois de algum tempo que decorre entre a realização de Jack quanto à sua existência nesse paralelo de realidade com a morte, temos o diálogo essencial para a compreensão total do que estava acontecendo ali. Veja abaixo minha tradução do final do episódio, diálogo que se passa especificamente enquanto Jack conversa com o pai do lado do caixão, nos fundos da igreja.

JACK: Pai?

CHRISTIAN: Olá, Jack.

JACK: Não entendo… Você morreu.

CHRISTIAN: Sim, sim, eu morri…

JACK: Então como você está aqui agora?

[Christian observa.]

CHRISTIAN: Como você está aqui?

JACK: Eu morri também… ¹

[Jack começa a chorar enquanto se lembra.]

CHRISTIAN: Está tudo bem… Tudo bem. Está tudo bem, filho.

[Christian se aproxima de Jack e os dois se abraçam.]

JACK: Eu te amo, pai.

CHRISTIAN: Eu te amo também, filho.

JACK: Você… Você é real?

CHRISTIAN: Eu espero que sim. [Christian e Jack riem.] Sim, eu sou real. Você é real, tudo que aconteceu com você foi real. Todas essas pessoas na igreja… Elas são reais também. ²

JACK: Eles estão… Eles estão todos mortos?

CHRISTIAN: Todo mundo morre, algum dia, filho. Alguns antes de você, outros muito depois de você. ³

JACK: Mas porque eles estão todos aqui agora?

CHRISTIAN: Bem, não existe um agora aqui.

JACK: Onde nós estamos, pai?

CHRISTIAN: Este é o lugar que vocês todos fizeram juntos para que pudessem encontrar uns aos outros. A parte mais importante da sua vida foi a parte que você passou com essas pessoas. É por isso que todos vocês estão aqui. Ninguém morre sozinho, Jack. Você precisava deles e eles precisavam de você.

JACK: Pra que?

CHRISTIAN: Pra lembrar, e deixar ir.

JACK: Kate… Ela disse que estávamos partindo.

CHRISTIAN: Não, partindo não… Seguindo em frente.

JACK: Onde estamos indo?

CHRISTIAN: [sorrindo] Vamos descobrir.

OK, se você leu, percebeu que destaquei três pontos, que penso serem essenciais para a compreensão completa da idéia do purgatório e das linhas do tempo sugeridas, além do fato de compreender que eles todos NÃO estão mortos desde o começo do seriado. Vamos aos fatos:

Número 1, “JACK: Eu morri também…”: este foi exatamente o ponto que as pessoas começaram a tirar conclusões precipitadas. Desde a terceira temporada somos atormentados pela idéia de que tudo o que acontece na ilha não se passa da experiência de estar no inferno. Mas o interessante é: quem acha mesmo que esse diálogo se aplica aos acontecimentos da ilha não prestou atenção no que está acontecendo. Aquela realidade onde Jack conversa com o pai NÃO É a mesma realidade da ilha, e também NÃO É uma realidade alternativa criada quando a bomba foi estourada pela Juliet no final da quinta temporada. O roteiro faz você pensar que é porque foi estrategicamente montado para isso, mas a esse ponto, os roteiristas levaram em conta que todos tivessem percebido e entendido o argumento final de LOST.

Número 2, “CHRISTIAN: Sim, eu sou real. Você é real, tudo que aconteceu com você foi real. Todas essas pessoas na igreja… Elas são reais também.”: Aqui, os roteiristas tentaram, e para mim conseguiram, concluir todas as dúvidas que alguns telespectadores desavisados ainda tinham. Aqui é deixado claro que sim, tudo o que aconteceu durante a série – exceto os flash-sideways da última temporada  – foram REAIS, e ACONTECERAM DE VERDADE, NO MUNDO REAL/MATERIAL. A ilha realmente existe, e tudo o que se passou nela foi real. Se ainda não entendeu, desista, você é incapaz (isso é uma piada).

Número 3, “CHRISTIAN: Todo mundo morre, algum dia, filho. Alguns antes de você, outros muito depois de você.”: A questão aqui tratada pelos roteiristas é a tentativa de explicar aos ainda desavisados o que é, e como funciona, a linha do tempo do mundo real em comparação à linha do tempo do mundo espiritual/purgatório/limbo. Ele deixa claro que, apesar das pessoas morrerem em épocas diferentes, elas sempre se encontrarão nesse plano com a mesma idade, e nas mesmas circunstâncias (com mudanças leves) em que se encontraram em vida porque este é o destino deles. Se você ainda não entendeu esta questão das linhas do tempo e da exigência da contemporaneidade para a coexistência no purgatório, dê uma olhada na explicação ilustrativa abaixo, considerando os aspectos apresentados em LOST:

Imagine que existam três pessoas, uma de cinco anos de idade, outra de vinte, e outra de cinqüenta, vivendo contemporaneamente no ano de 2012, o que faz com que a pessoa de cinco tenha nascido em 2007, a de vinte em 1992, e a de cinqüenta em 1962. Considere que sim, o tempo passe naturalmente, da mesma maneira que passa no mundo fora-LOST, no mundo em que vivemos. Correto. Agora imagine outra linha do tempo, com a mesma linearidade e constância, só que num mundo artificial (espiritual/o purgatório/o limbo). Correto. No mundo real, essas três pessoas morrem na seguinte ordem: a pessoa de vinte anos morre em 2012. A pessoa de cinqüenta morre em 2020. E a pessoa de cinco, em 2060. Quem nascerá primeiro no mundo artificial pós-morte (o purgatório/limbo, é, é, você entendeu!)? A resposta é: a de cinqüenta. Aí você me pergunta: “mas como, se a de vinte morreu primeiro?”

A pergunta é válida, e foi justamente por ser difícil de compreender, que não foi entendida pela maioria dos telespectadores de LOST. Seguinte: a pessoa de cinqüenta anos morre depois da de vinte, mas como a linha do tempo do mundo artificial pós-morte é linear e segue os mesmos padrões da linha do tempo do mundo real, a de cinqüenta nascerá primeiro, pois o ano de 1962 acontece, como na vida real, antes do ano de 1992. Entendido? Ou seja: a criança de cinco anos poderia ter morrido até antes de todos, mas sempre seria a última a nascer no purgatório, pois em vida, ela FOI a última a nascer. A ordem da morte não interfere na ordem de nascimento no purgatório, ele tem uma linha do tempo idêntica à do mundo real, e é por isso que vemos Claire grávida, e todos com a mesma idade que tinham no 2004 real, no 2004 do purgatório. Sem esta correlação idêntica entre as duas linhas do tempo, então Boone chegaria primeiro que todos, por ter sido o primeiro a morrer, e pra que fosse possível encontrar com Kate, que provavelmente morreu décadas depois da morte de Jack, ele teria que esperar muito tempo e não estaria com a mesma diferença de idade que existia enquanto os dois coexistiam na vida real. Ufa! Entenderam? Não? Ah, lê o texto de novo, por favor. Mais repetitivo que isso só Lagoa Azul.

Concluindo, gostaria de deixar uma explicação que acho que merece ser citada no texto: aquelas imagens que apareceram nos créditos do último episódio foram responsáveis pelas dúvidas e pelas conclusões errôneas da maioria dos telespectadores americanos. As imagens mostravam o avião da Oceanic caído na praia como no episódio piloto, e nada envolta dele. Algumas pessoas acharam que era uma dica para que se concluísse que todos estavam mortos desde o acidente, mas NÃO! Os produtores executivos da série, Carlton Cuse e Damon Lindelof disseram em entrevista posterior ao finale que aquelas imagens foram postas pelos editores dos créditos, e que nada têm a ver com a história contada no último episódio de LOST. Pediram desculpas e deixaram claro que aquelas imagens não faziam parte do roteiro, e que o que deveria ser levado em conta era tudo o que havia acontecido antes do letreiro LOST aparecer na tela, em fundo preto, como desde a primeira temporada.

Então é isso, garotos e garotas. Acabei de rever a série e resolvi escrever pra vocês sobre o assunto definitivamente. Talvez no futuro venha a me pronunciar sobre mais coisas de LOST, mas acho que todos os meus argumentos defendendo o final estão aqui neste texto gigante que espero que você tenha lido completamente. Vejo vocês em outra vida, brothers!

Taweret como blog de seriados

março 4, 2012

Criei o blog com o intuito de falar de Lost e apenas Lost. Depois que Lost acabou, tentei começar uma linha de pensamento que posteriormente apresentaria novas séries que os fãs de Lost poderiam apreciar. Não houve tantas dicas que me agradassem ou que se comparassem a Lost, então decidi não continuar a sessão. Hoje, vim com a idéia de aproveitar o blog (já que já tenho uns 5 outros) pra postar meus reviews de episódios de seriados que assisto e aprecio atualmente, tal como Skins, How I Met Your Mother, Modern Family, Raising Hope, New Girl e outros.

Pretendo postar com periodicidade, coisa que já prometi várias vezes e não cumpri. Vou separar os posts por categoria, pra que a navegação possa ser bem mais equilibrada. As categorias terão o nome do seriado e o gênero. Espero que vocês apreciem essa ideia e, se não, deem um toque nos comentários. 🙂

Até.

Persons Unknown: pessoas são peças

junho 9, 2010

Persons Unknown, a nova série que promete tomar o lugar de Lost – ahm… de novo? Pois é. A NBC começou a produzir um seriado com a linha de tempo única. O seriado Persons Unknown trata de um grupo de pessoas que acorda em uma cidade totalmente deserta (aparentemente) e que têm que lidar com os mistérios do lugar e companheiros. Algo semelhante a Lost? Pois é. 😛

O primeiro episódio já trouxe fatos para fazer nossas cabeças borbulharem. Teorias já começaram a surgir e dúvidas também. A série começou no dia 07 e pode ser encontrada pra download nas internets, se vocês estiverem interessados. Talvez eu faça comentários sobre ela por aqui. Que tal? 😛 Namastê!

DVD e Blu-ray da sexta temporada de Lost

maio 30, 2010

O DVD da sexta temporada de Lost está chegando. Nos EUA foi divulgado que dois tipos do DVD seriam lançados: o da temporada completa e o da série completa: Temporadas 1-6. As artes dos DVDs e Blu-rays podem ser vistas abaixo, seguidas das informações.

Extras:

  • Todo episódio da sexta temporada
  • Erros de gravação e cenas deletadas
  • Comentários dos produtores e atores em quatro episódios (LA X, Dr. Linus, Ab Aeterno and Across The Sea)
  • O Fim: Construindo a Última Temporada – Junte-se à produção de LOST e outros produtores de séries renomadas enquanto discutem os desafios do final de uma série duradoura.
  • A Jornada de um Herói – O Que Faz um Herói? Quais sobreviventes do Oceanic 815 são heróis? Essas perguntas e outras são discutidas.
  • See You In Another Life, Brotha – Desvende os mistérios dos misteriosos flash-sideways dessa temporada.
  • LOST on Location’ – Por trás das cenas e histórias de bastidores, incluindo novas entrevistas com equipe e elenco.
  • MAIS: Exclusivo do DVD e Blu-ray de LOST – Aprofunde-se no universo de LOST com um novo capítulo da história da ilha pelos produtores Damon Lindelof e Carlton Cuse.

Conteúdo da caixa da coleção completa de Lost:

  • Todos os episódios de LOST (Da temporada 1 à 6)
  • Mais de 30 horas de bônus da Temporada 1 à 6 (o material já lançado das 1-5 Temporadas e o novo materia exclusivo da Temporada 6)
  • Uma coleção de material que leva o espectador à Oahu, onde a série foi gravada.
  • Explore festas com o elenco e os produtores de LOST, como a Comic-Con, em San Diego, festas de fãs e da equipe.
  • Uma análise mais profunda sobre as qualidades da série em conversas entre elenco e equipe estudando a filosofia e histórias da cada uma.
  • Uma análise bem humorada e romântica nas mortes do seriado.
  • 16 “Slapdowns” onde atores e personagens perguntam aos produtores Damon Lindelof sobre os segredos da sexta temporada de LOST.

A data de lançamento ainda não foi divulgada no Brasil. Nos Estados Unidos será em Agosto. Aqui, a previsão é para Outubro. Namaste!

Considerações finais a Lost

maio 24, 2010

Lost é uma série de camadas, como disseram os mestres Jovem Nerd e Azaghäl. Na primeira temporada, nos importamos com a escotilha. Estamos na sexta: a escotilha nem é mais lembrada. Cada ano, cada temporada teve suas peculiaridades e unicas características. O suficiente, seguindo a consideração dos criadores e produtores, foi mostrado.

Triste é quem quer respostas sobre a Dharma, sobre os Outros, sobre viagem no tempo, sobre mitologia, sobre ciência. A escotilha foi concluída espontaneamente com a implosão. De uma maneira mais subliminar, os outros também foram concluídos. Assim como a Dharma, o templo e a mitologia. Cada qual com sua característica subliminar.

Um espectador que não tem a capacidade de determinar ação subliminar conclusiva não merece acompanhar a série mais reinventativa dos últimos – quissá de todos os – tempos, Lost. A colunista Mariana Lucena, da Globo.com fez uma lista recentemente sobre as 9 perguntas que “Lost” tem que responder. Na lista, perguntas como “que diabos é o monstro de fumaça” e “quem é Jacob e por que ele e seu amigo gostam de se apossar do corpo dos mortos?” mostram logo de cara que tipo de perguntas agrega fãs preguiçosos, críticos e que não conseguem viver fora da realidade, querendo que a sua realidade seja confundida com a do seriado que acompanha.

A série terminou, e com ela, venho responder as nove perguntas que Mariana Lucena deixou:

1. Que diabos é o monstro de fumaça?

R: O monstro de fumaça é uma entidade que tem a capacidade de se apossar do corpo de pessoas mortas, trazendo consigo pedaços de anseios, traumas e histórias da pessoa origem. A primeira aparição cronológica do monstro foi no episódio Across The Sea, quando apossa do corpo do irmão de Jacob, desde cedo tendo caminhado ao lado contrário do bem. Com anseios maiores que capacidades. Quer sair da ilha.

2. Por que a ilha cura alguns e outros não? E por que tem poder de cura, afinal?

R: A ilha não cura. O que cura é a luz, e a luz tem sensatez e sabe julgar. Uma vez que uma pessoa boa chega à ilha com um problema, essa pessoa boa é curada pela luz: fonte de glória, dignidade, sabedoria, cura, proteção, paz e infinitas outras… finalidades, digamos assim.

3. Viagem no tempo: teoria De Volta Para o Futuro ou destino?

R: O fato do tempo ocorrer de maneiras diferentes fora e dentro da ilha não foi explicitamente respondido durante a série, mas podemos teorizar que esse tenha sido mais um dentre os diversos mecanismos de segurança que Jacob impunha sobre a cultura tecnológica e lógica da sociedade de fora. Todo esse poder sendo julgado e acionado pela luz. Quando Ben usa a luz para conseguir sair da ilha, o tempo (para quem está na ilha) se desregula, fazendo com que viagens no tempo e no espaço aconteçam freqüentemente, de maneira irregular, como vimos no decorrer da quinta temporada.

4. Quem é Jacob e por que ele e seu amigo gostam de se apossar do corpo dos mortos?

R: Primeiro, Jacob não tinha o poder de se apossar do corpo dos mortos, muito menos o amigo (que na sexta temporada é revelado como irmão). Quem tem esse poder é o primeiro personagem dessa lista: o monstro, confundido com o irmão de Jacob por pessoas que não prestam atenção no enredo.

5. Sobre demências e alucinações: Hurley é de fato louco ou ele realmente vê pessoas mortas? Walt tem poderes sobrenaturais ou simplesmente não bate bem? O que a Libby fazia no Instituto de Saúde Mental Santa Rosa?

R: Hurley não era louco. Foi diagnosticado como um pois tinha o poder de ver pessoas mortas. Walt era especial. Tinha poderes sobrenaturais relacionados às forças da luz. Não existe importância em saber o porquê de Libby estar no mesmo instituto que Hurley. A cena em que ela aparece no lugar, na segunda temporada, apenas serve pra mostrar que, mesmo no passado, essas pessoas sempre estiveram ligadas de alguma maneira.

6. Aonde foi parar Claire e por que tanto cuidado com quem vai criar o Aaron?

R: Claire sobreviveu na floresta com as possessões do monstro de fumaça durante três anos: inicialmente o monstro assumira a forma de seu pai, e depois a de John Locke, a quem ela chamava de amigo. No final de 2007, Claire conseguiu sair da ilha e voltar a cuidar de Aaron. Todo o cuidado que Kate deveria ter tido na criação de Aaron era apenas relacionada à reação de Claire e ao medo de Kate sobre essa reação no momento da descoberta.

7. Por que o Richard não envelhece?

R: Richard tinha o sonho de nunca morrer e, ao chegar na ilha, o primeiro pedido que fez a Jacob foi que queria viver pra sempre. Pedido realizado.

8. O que são os números 4, 8, 15, 16, 23, 42?

R: De alguma forma, eles representaram para a Dharma Iniciative os principais valores da resposta da Equação Valenzetti, que previa o fim da raça humana. A Dharma trabalhava sobre eles para tentar muda-los, fazendo com que a raça humana vivesse mais tempo. Por coincidência, os únicos candidatos restantes na parede de Jacob eram correspondentes aos números. 4 – John Locke, 8 – Hugo Reyes (Hurley), 15 – James Ford (Sawyer), 16 – Sayid Jarrah, 23 – Jack Shephard e 42 – Jin e Sun Kwon.

9. O mais importante: mas que raios é a ilha?

R: O mais importante? Porque? A ilha é uma ilha. O que tem nela é o que é importante. Os poderes governantes e de valor que a luz que habita nela trás.

Obviamente essas foram questões selecionadas e criticadas por apenas uma pessoa. Você também tem o direito de questionar. Mande suas perguntas atravéz do Formspring do Taweret, que acabou de ser criado, através do link, que eu farei de tudo para responder de forma clara e rápida às questões fundamentais, não respondidas e bem escritas, por favor.

Lost acabou, mas o Taweret ainda vai continuar por um tempo. Namastê.

Especulações sobre o final

maio 23, 2010

Confesso que nunca fui de fazer teorias sobre episódios inteiros ou acontecimentos gerais. Venho nesse post expressar minhas últimas observações antes do grande final de Lost, que acontecerá hoje à noite. Espero que vocês compartilhem teorias comigo e concordem com as minhas. Vejamos…

Há algum tempo, os produtores e roteiristas de Lost – Damon Lindelof e Carlton Cuse – vêm propagando que o seriado terá um fim molhado. Daí aquela cena do começo da temporada nos vem à cabeça: será que na realidade da queda do avião a ilha também vai pro fundo do mar? Não sei não… Acho que tem algo muito mais complexo que destino por trás desses acontecimentos. Expressarei abaixo o que teorizo e vocês me dirão se estou seguindo as regras da lógica:

A ilha tem o poder de se esconder, como vimos ao passar dos anos: ninguém consegue chegar nela, sair e etc. Será que ela, na verdade vem se escondendo no tempo, e não no espaço? Eu sei que teorias sobre o tempo ficaram batidas na quinta temporada, com a história das viagens dos losties e tal, mas e se a ilha viajasse mesmo e, com a virada da roda que Ben deu, tudo se inverteu? E se Locke realmente conseguiu destruir a ilha enquanto ela estava num passado muito distante em relação ao resto da terra? E se esse passado foi antes do nascimento dos losties, e por isso, a vida deles foi totalmente mudada no universo paralelo? Vou explicar astuciosamente:

A ilha tem um dispositivo de segurança que faz com que ela viaje no tempo freqüentemente, a fim de se esconder do resto do mundo, se proteger do resto do mundo. Proteger a luz do resto do mundo. Acontece que a ilha, às vezes, aparece em épocas, sem querer, onde um avião está caindo, onde um navio está naufragando, onde barcos afundaram, onde balões se perderam – o que faz com que esses meios vão parar na ilha. Enquanto todos estão na ilha, ela vai mudando de lugar na linha do tempo. Quando Locke morre e a fumaça pega o corpo dele, a ilha continua se movendo. Acredito que Locke, de fato, conseguirá destruir a ilha, só que isso acontecerá durante a ida da ilha pra uma época muito distante. Antes de todos nascerem, e que depois que a ilha é destruída, ela não tem mais porque se mover no tempo. Então fica afundada no mesmo lugar até o ano de 2004, quando o avião onde nossos passageiros que não caíram e têm novas vidas passa. Eu sei que é complexo, mas se você lembrar de Eloise Hawkins falando que a ilha aparece de tempo em tempo no mesmo lugar, vocês vão ver que essa teoria tem fundamento.

Enfim. A teoria está formada. E se isso acontecer, cada um dos leitores me envia dois mil reais. Obrigado. Brincadeira, 40 leitores! Namaste e até mais tarde, com algumas coisinhas mais sobre o último episódio.

Ficha técnica, promocionais e vídeos de “The End”

maio 23, 2010

É sempre bom fazer uma despedida gigantesca e querer fazer fãs chorarem, mas eu não farei isso. Ao decorrer desse blog, escrevi alguns textos para tentar explicar como entendia a intenção dos produtores sobre atitudes aplicadas ao roteiro da série. Esses textos têm idéias que serão levadas e compartilhadas por mim por muito tempo. Pra sempre. Acho que no post sobre o último episódio vou comentar um pouco sobre as dores do fim e etc. Agora, vejam os vídeos e sneak peeks de The End… Mas primeiro, como de costume, o Untangled de What They Died For:

Agora as informações:

Sinopse: As linhas da batalha são desenhadas enquanto Locke coloca em prática o plano que poderá, finalmente, tirá-lo da ilha;

Direção: Jack Bender;

Roteiro: Damon Lindelof & Carlton Cuse;

Primeiro promocional da ABC

Segundo promocional da ABC

Terceiro promocional da ABC

Primeiro sneak peek

Segundo sneak peek

Acho que isso é tudo. Minhas especulações sobre o final vêm num novo post daqui a pouco, se nada acontecer. Boa tarde e bom final de Lost. Namaste.

Comentários sobre “What They Died For”

maio 19, 2010

Se esse episódio tivesse sido bombástico desde o começo até o fim, poderia ser considerado o melhor da série. Desde a primeira temporada venho esperando uma rodinha de pessoas onde alguém especial contasse tudo o que quisessem saber. Na primeira temporada não tivemos uma pessoa em quem confiar segredos, na segunda, aparece Henry Gale, que agora conhecemos como Ben. Esperamos muito desse cara maluco, mas no fim ele é apenas outro candidato. Na terceira temporada tivemos os Outros e a história da Dharma. Na quarta, com muita coisa desmistificada, temos a silhueta sem forma de Jacob, o chefe.

Jacob, quando primeiro citado na terceira temporada, foi tratado como mistério pequeno, agora, quando chegamos ao décimo sexto e penúltimo episódio da última temporada temos o mesmo Jacob sentado e falando a frase mais esperada pelos fãs de longa data: “sentem-se que contarei o que querem saber…

Primeiro falemos sobre a realidade paralela pra depois comentarmos a conferência à Jacob… Falemos de Desmond, o cara que, ao ver Charlie com a mão no vidro do carro, viu toda a sua vida passar pelos seus olhos. Mas espera… Não era sua vida, era a vida de outro Desmond, em outra realidade. Ele ficou maravilhado com os fatos e acabou querendo fazer todo mundo ficar.

Um concerto… Esse vai ser um dos momentos que mais nos lembraremos no futuro, quando Lost acabar. A reunião no cais, a reunião na igreja, e agora num concerto! Vai ser fantástico. Vai ser Lost style. Adoro reuniões. Mas primeiro, deixa eu especular um pouquinho sobre flash-sideways, que foi o que trouxe-nos até essa reunião que promete… Algumas dúvidas pertinentes que martelaram até o fim do meu cérebro:

Seguinte: Quando uma pessoa se lembra de fatores da outra realidade, se lembra apenas de momentos relacionados ao motivo da recordação ou se lembra de toda a sua vida? Desmond parece ter se lembrado de tudo, já que está procurando apenas os relacionados às situações de sua outra vida, ou seja: os passageiros que fizeram parte de sua jornada… Nenhum figurante, digamos assim. Hurley também demonstrou saber de muitas coisas ajudando Desmond. mas Locke, Ben e Sun, que aparentemente também tiveram flashes da outra realidade, aparentam lembrar-se apenas de momentos marcantes: Ben lembrou-se de Desmond batendo nele, Sun lembrou-se de Locke (provavelmente depois de ter virado a fumaça) e Locke de coisas que apenas o fizeram acreditar em destino de novo. Ele, por exemplo, não se lembra de Jack, Ben, Desmond… Ben não se lembra de Danielle, Alex, ou até mesmo Locke. Será que existe uma diferença de flashes ou será que o esforço da vontade de lembrar faz com que mais coisas voltem? Resumindo: Desmond e Hurley tiveram flashes mais detalhados da outra realidade pelo anseio em lembrar. E Locke, Ben, Sun apenas tiveram flashes de traumas por que não entenderam? Acho uma dúvida pequena, mas que deve ser esclarecida na fatídica reunião no concerto.

Ainda sobre os flash-sideways: A conversa entre Locke e Jack na sala do doutor me lembrou a cena da primeira temporada, quando os dois estão caminhando para entrar na escotilha e falam sobre ciência e fé. Só que dessa vez, como praticamente acabaram de se conhecer, Jack e Locke têm o mínimo de respeito um com o outro, o que não tinham na cena citada.

A reunião está chegando. Jack irá e levará Claire, como sua irmã. Conseqüentemente, a ex-mulher de Jack vai também, e eu acredito que, pelo segredo, deva ser alguém que estava na ilha. Tenho meu palpite, e acho que está certo, mas não vou falar aqui por causa da política de spoilers que eu determinei pros posts de comentários. Anyway, Kate vai com Desmond, Sayid vai com Hurley, Miles vai, pois o lugar onde acontecerá o concerto é no museu onde seu pai e Charlotte – que também vai – trabalham. Só falta uma maneira de Su8n, Jin e Sawyer aparecerem; alguma coisa acontece. Com todos esses fatores, chegamos à conclusão dos que irão: Jack, Claire, a mulher de Jack, Kate, Desmond, Sayid, Hurley, Miles, Charlotte e o Dr. Chang. The End promete.

Pronto. Fim dos fatores dos flash-sidways: podemos voltar aos acontecimentos – EXPLOSIVOS – da ilha:

A morte de Richard pelo monstro de fumaça. Não foi chocante… Depois de toda a desmistificação acerca do personagem, minha fissura por ele diminuiu 100%. O que eu achei engraçado foi a idéia que ele tinha de que o Locke queria ele. Antes de sair da casa, disse que ele provavelmente queria alguma coisa dele, por isso não o machucaria. Richard foi morto com a idéia fixa de que era querido por Locke. Triste fim, mas, porra! Finalmente, hein, Richard! 300 anos não é pra qualquer um!

Esse episódio também nos presenteou com vários fatores da vida de Jacob: o guardião do coração da ilha. Vamos aos fatos que teorizo: Jacob nasceu na ilha e cresceu com seu irmão, até que o mesmo encontrou-se com o resto do pessoal de sua mãe e se uniu a eles. Jacob provavelmente conversou muito com o irmão enquanto o mesmo estava participando das pesquisas em busca da fonte de cura e poder da ilha: a luz. Quando a mãe deles descobre que ele tinha finalmente encontrado a luz, que, pelo que parece, só pode ser encontrada pelo guardião da ilha, ela vai atrás do filho, o tira do buraco e, de alguma maneira – talvez convocando o monstro – destrói todo o mecanismo construído e mata todos os habitantes da vila em que Esau estivera vivendo por todos os anos ausentes. Quando ele volta a sí, mata a mãe. Jacob fica bravo e vai atrás do irmão e o joga na fonte da luz. O monstro de fumaça o possui e ele fica bravo, querendo matar Jacob com todas as forças para finalmente encontrar a luz e poder sair da ilha. Esaú encontra uma brecha nas regras e consegue matar Jacob, só que ele não esperava que as cinzas fossem guardadas, o que continuou funcionando como proteção. Agora que Jacob conseguiu se materializar para os candidatos restantes, foi atrás do que viera trabalhando a vida toda: conseguir um substituto. A conversa que precedeu a passagem da coroa foi reveladora. O diálogo foi conclusivo.

Why us?” seria a pergunta que Jacob queria responder. Sawyer diz: “Porque você me tirou da minha vida perfeita e me trouxe pra esse fim de mundo? Eu estava vivendo tão bem!” E Jacob interrompe: “Não, você não estava vivendo bem! Eu candidatei vocês por que a situação de vocês era propicia. Vocês eram iguais a mim: solitários!” E continua explicando… Retirou o nome de Kate dos candidatos por que ela tinha se tornado mãe. Não era mais sozinha. Agora, ao contrário de antes, tinha um propósito: cuidar de um filho. “Mas aquilo é apenas giz na parede. Se você quiser, ainda pode aceitar o trabalho.“, diz pra Kate.

Depois dessa cena, comecei a perceber fatores: Jacob era um sozinho governante da ilha. Fora mais fácil pra ele cuidar de um lugar sem nenhuma preocupação. A minha cabeça explodiu quando me dei conta da coisa mais explícita em toda a série: a solidão. Reflita e acompanhe todo o raciocínio. Por mais que Jin e Sun fossem casados, os dois eram sozinhos em seus mundos. Cada um em seu canto, brigando por qualquer decote baixo. Jack vivia sozinho, cheio de estereótipos estampados na cara. Kate, uma fugitiva sem família, que matou o próprio pai por engano e por isso acabou com sua relação com sua mãe. Hurley: o pai fugiu quando era uma criança, voltou quando o filho se tornou milionário e só tinha sua mãe. Seu melhor amigo brigou com ele, a única menina que ele gostava não ligava pra ele… Uma pessoa sozinha. Sawyer passou toda a vida procurando por uma pessoa que ele mesmo nunca tivera visto; Sayid, um ex-torturador que perdeu seu amor para a guerra; Claire, largada pelo pai de seu filho; Shannon, uma golpista formada por conseqüencias, com o pai morto… E etc. Todos os principais candidatos eram infelizes e sozinhos. Na realidade paralela, todos têm alguém. Jack com seu filho, Kate inocente, Sawyer nice guy com um trabalho e amigos… Enfim. Lost tem profundidade, o que faz sem valor as questões inocentes, como “eles vão ser resgatados no final?”

Minhas expectativas, como dito no post de comentários e no começo desse, eram minúsculas, mas o resultado acabou sendo inverso: um dos melhores episódios da temporada. Fez o maior post do meu blog. 😛

Algumas observações importantes:

Interessante o modo como as regras funcionam… Zoe abriu a boca pra falar com Locke e foi morta. Antes de ter falado ela não poderia ter sido morta ou persuadida? Uma das regras da relação Esau/Ilha/Jacob/morte.

Quando uma pessoa é presenteada com o dever/poder de proteger a ilha, tem o poder de achar o coração da ilha, a luz que precisa ser protegida, por isso Esau não encontrou (a caverna sobre a água). Por isso Jack, que presumiu não existir nada depois da montanha à frente aos bambus estará agora, que virou guardião, apto a encontrar o lugar que protege. Fim de mistério.

Produtores, roteiristas, diretores, compositor musical e diretores de fotografia de Lost, vocês estão de parabéns. Conseguiram criar a melhor série de todos os tempos, dar um sentido pra tudo e fazer uma imagem. Uma identidade. Só não dou parabéns aos editores de áudio, pois o áudio de Lost é péssimo e mau equalizado. Foi mau aí, galera da edição de áudio! Sem ofensas. Um beijo e… A gente se vê na semana que vem, pela última vez (talvez). Boas noites e até o post de informações de THE END.

Primeiras impressões sobre “What They Died For”

maio 18, 2010

Eu não esperava um episódio bom. Esperava algo que fosse conectar os últimos acontecimentos ao começo do final, uma coisa mais calma. Mas não. Tivemos algumas coisas chocantes, que eu nunca esperei ver. E outras que, pra falar a verdade, venho sonhando em ver desde a primeira temporada: resolução de problemas.

Como eu disse no texto sobre desmistificação, acho que as perguntas que mais devem ser levadas a sério devem ser respondidas de forma subliminar. É assim que Lost é, e esse episódio mostrou isso: por mais que não seja desmistificador, é conclusivo, é satisfatório. Respostas me deixaram feliz e confiante pro domingo 23. Até amanhã com o post de comentários e namastê!

Ficha técnica, promocionais e vídeos de “What They Died For”

maio 16, 2010

What they died for promete trazer algumas explicações sobre destino, que é comentado desde a primeira temporada. Tivemos uma pausa na temporada pra mostrar a história de Jacob e o Homem de Preto e agora a série continua de onde parou. Esse episódio é o penúltimo. O fim da série tá chegando, respostas prometem ser dadas. Vocês vão entender porque suponho isso nos sneak peeks. Mas antes, o Untangled de Across the Sea.

Agora sim.

Sinopse: Enquanto Locke coloca em prática uma nova estratégia, o grupo de Jack procura por Desmond;

Direção: Paul Edwards;

Roteiro: Elizabeth Sarnoff, Edward Kitsis & Adam Horowitz;

Promocional da ABC

Promocional da CTV

Primeiro sneak peek

Segundo sneak peek

Espero que esse episódio não me deixe preocupado. Essa sinopse pro penúltimo episódio de um seriado de seis anos é meio broxante, mas veremos. Eu confio.

Comentários sobre “Across the Sea”

maio 12, 2010

Dois episódios. Isso é o que falta para uma série de seis anos acabar. Across the Sea só serviu para marcar o final. Ou o começo do final? Nesse episódio, tivemos uma explosão de respostas que desapontou alguns fãs (a maioria) e que agradou outros (me incluo nessa). Pra entender e considerar Lost, é preciso ter a mente aberta. Na segunda temporada, eles resolveram mistérios – ínfimos – seguindo critérios e fatos científicos. Agora, tudo faz parte da fé. Não da fé incondicional, mas da fé misticista. Que aceita, desde que as respostas vão de encontro ao que se espera. Lost é uma série que não desmistifica. É uma série que não responde. E isso é compreensível.

Primeiro, falemos sobre a mãe de Jacob e o Homem de Preto, que nesse post vou chamar de Esaú. Seguem as suposições: Um navio vindo de qualquer lugar (não importa) chega e naufraga na ilha. A ilha que em 2004 vai ser o local onde o nosso Oceanic 815 cairá. A mulher, grávida, nada até a costa e é salva por uma outra mulher, que depois dá à luz seus dois filhos gêmeos e a mata. Os anos se passa e a mulher cuida dos dois filhos como se fossem dela. A um, dá o nome que a mãe biológica, Cláudia, escolheu: Jacob. Ao outro, não dá nome algum. Ou será que dá e isso não é mostrado? Anyway, isso não importa.

Questões como de onde ela veio? e onde o navio dela estava indo? são questões totalmente irrelevantes ao ponto em que chegamos do seriado. Fã de Lost tem que aprender a esquecer perguntas e relevar situações superfluas ao momento e assunto. Como já disse a sábia mãe de criação de Jacob e Esaú, é melhor parar de questionar pois “cada pergunta leva a outra.

A mãe de Jacob e Esaú leva os dois para uma caverna encima de um rio que emite uma luz amarela desconhecida. Vi muitos reclamarem que isso é ridículo e que Lost está se tornando uma série mágica e fantástica. Mas aí eu pergunto: e desde quando Lost foi promessa de fatos reais? Os produtores têm livre arbítrio para escrever o que querem, quando querem, como querem. Não importa a maneira com que os fãs vão reagir. Quem está assistindo ao décimo quinto episódio da sexta temporada não vai parar de ver porque viu uma coisa que não o fez entender. O bom fã vai continuar buscando uma respostas e acabar se decepcionando no final. O fã excepcional vai se satisfazer com o fato de que o dever é cuidar da luz e que a resposta é esse e somente essa. Falemos então sobre a filosofia por trás da luz e as suposições de sua fonte.

Podemos teorizar que a luz tenha existido na ilha desde sempre. E que ela sempre teve um guardião. Se antes de Jacob a guardiã era a mãe dele, antes da mãe dele fora outras pessoas. De alguma maneira, pode existir a possibilidade da mãe dele ter vivido anos e anos na ilha, imortal, esperando alguém a quem passar o fardo. Quando se viu diante de dois bebês, que poderiam ser por ela criados e educados ao futuro, não teve dúvida: aqueles dois eram seus candidatos. Candidatos sem mente formada e que não explorariam nenhum recurso, constituindo o famoso ciclo “eles vêm, lutam, destroem e corrompem.

Quando a mãe de Jacob soube que Esaú tinha encontrado um jeito de sair da ilha, 30 anos depois, foi atrás e fez com que o projeto todo do filho não fosse concluído. Porque ela não queria deixar o filho ir embora? “Por que eu te amo.

Quando Esaú descobriu que quem tivera feito aquilo a seu trabalho tinha sido sua mãe, foi atrás dela e matou. Mas não sabia que a mesma, pouco antes, tinha levado o filho à fonte da luz e consagrado-o como guardião. Jacob, que tinha aprendido que não deveria de jeito nenhum entrar na fonte de luz, jogou, no auge de sua raiva, seu irmão machucado no lugar, esperando que algo horrível acontecesse. Ao contrário, viu uma fumaça negra saindo do buraco e depois encontrou o corpo do mesmo. Teorizemos as possibilidades existentes do que pode ter acontecido:

Possibilidade 1: O monstro de fumaça habita a ilha há anos, e almeja sair dela desde que cansou do lugar. Quando o irmão de Jacob caiu na luz, casa do monstro, ele finalmente conseguiu um corpo para sair de lá. O homem com quem vemos Jacob conversando ao lado da estátua é, na verdade, uma encarnação do monstro em forma do irmão dele, e não o irmão dele ganhando o poder de se transformar em fumaça.

Possibilidade 2: Quando Jacob jogou o irmão na luz, ele se tornou um monstro de fumaça com o poder de se transformar nos mortos. O corpo do irmão morreu, sendo enterrado mais tarde com a mãe. Esaú, em formato de monstro teve o poder de se transformar no corpo dele mesmo quando quisesse, por isso, sempre que vimos Jacob conversando com o homem de preto, vemos o irmão mesmo, com todos os anseios de sair da ilha podendo se transformar em fumaça.

Achei muito interessante e emocionante a maneira como mostraram que o mistério de Adão e Eva estava concluído: colocando a cena do descobrimento junto com a do enterro. Emocionante porque mostra que a série está terminando e que tudo o que aconteceu antes teve um propósito. Ou tudo o que foi construído depois tenha tido um propósito grande de suprir o que acontecera no começo.

Ah, e aliás: quantas grávidas já foram puxadas pra ilha, hein? Primeiro foi Cláudia, depois Rousseau, depois Claire… Essa ilha tem coisas com grávidas, hein?!

A melhor série do mundo está prestes a acabar. Faltam-nos apenas dois episódios. Uma semana e meia e o fim estará exposto. Será que Jack fica com Kate ou Sawyer? Ops, será que Kate fica com Sawyer ou Jack? RSRS! Tô brincando, hein, amigos. Não pensem que eu realmente me importo com isso. Uma óóóóótima semana de especulações pra vocês e Namaste!

Primeiras impressões depois de “Across the Sea”

maio 11, 2010

Depois desse episódio, se alguém ainda decidir que Lost não dá respostas, esse alguém merece morrer. Amanhã, post imenso de comentários! Até lá.

Namastê.

Ficha técnica, promocionais e vídeos de “Across The Sea”

maio 10, 2010

Across the Sea tem cara e nome de episódio bom. As promos divulgadas até agora só serviram para instigar ainda mais os meros espectadores… O episódio se passa na época em que o Homem de Preto (descobriremos o nome dele nesse episódio, finalmente?) e Jacob eram crianças. Mas antes de vermos materiais novos do episódios, fiquem com o untangled do The Candidate:

Agora sim, as informações e promocionais do Across the Sea, que será centrado nos misteriosos Jacob e MIB:

Sinopse: As motivações de John Locke são finalmente reveladas;

Direção: Tucker Gates;

Roteiro: Damon Lindelof & Carlton Cuse;

Promocional da ABC

Promocional da CTV

Primeiro sneak peek

Segundo sneak peek

Então é isso ai! Eu fiquei sabendo que esse episódio promete revelar como MIB se transforma em fumaça, quem construiu a roda congelada, como Jacob conseguiu o cargo de guardião da ilha e quem foram Adão e Eva, das cavernas. Anyway, vai ser foda. Namaste!

Comentários depois de “The Candidate”

maio 5, 2010

Locke acorda, trazendo de volta o velho abrir de olhos que nos acompanha desde a primeira temporada, e diz a Jack que o conhece. Teria Locke tido flashbacks da outra realidade enquanto dormia ou será que ele reconheceu Jack do avião, mesmo? Voto, por enquanto, na segunda opção. Mas é claro que não descarto a primeira. Em Lost, nada deve ser descartado.

Tenho certeza que todos vocês tiveram um arrepio na espinha quando Jack falou que Locke era um candidato. A trilha sonora de Michael Giachinno sempre impecável ajudou, como sempre faz, no feeling da cena e na pegadinha que os roteiristas quiseram fazer. Locke não aceita a oferta de cirurgia e, no momento ficamos em dúvida sobre as reais rasões do careca. Seria porque ele tinha vergonha do que o pai dele tinha feito a ele – roubar os rins? Descobrimos, mais tarde que não. Mas vamso deixar isso pra depois.

“Welcome to Hydra island!” Como disse um dos colunistas do DarkUFO: Será que os roteiristas acham que é tão confuso acompanhar Lost a ponto de precisarem especificar onde eles estão com frases tão óbvias e clichê como essa? Porque, né? Sayid possuído fazendo piadinhas? Não acredito. Enfim.

No segundo flash-sideway, o curiosíssimo Jack vai atrás de assunto que não é dele: saber o que tinha acontecido com Locke. Curioso! Mas obrigado, Jack, por trazer um pouco de respostas. Ele vai no dentista que reconstruiu a arcada dentária de Locke, depois do acidente que o deixou na cadeira de rodas. E quem mais poderia ter reconstruído a arcada dentária de Locke? É lógico que o marido amoroso Bernard, que estava no vôo 815 e parece já ter sacado qual é a dos flash-sideways.

Na realidade da queda: Quando Locke chega pra Jack e chama ele para o resgate da galera que foi capturada pelo Widmore, eu jurei que finalmente veríamos finalmente quem era o pessoal que atirou neles enquanto viajavam no tempo, na quinta temporada, lembram? Pois é. Isso não aconteceu… Será que algum dia descobriremos, finalmente? Mistério pequeno mas que acho que não foi colocado à toa.

Vimos de novo o monstro maluco de fumaça, que dessa vez ajudou todo mundo a escapar das jaulas. Será que Jack viu Locke se transformando? Essa é uma grande curiosidade minha: como ele se transforma? Sei que é possível que isso nunca seja mostrado, mas sei lá, vai ser uma curiosidade persistente.

Ficamos diante a um Anthony Cooper triste, babando e que não consegue falar. Preso num asilo. Dó? Eu fiquei com dó. Eu não conheço a história dele, na realidade paralela, então não prefiro arriscar, linchando o caráter, mas existe a possibilidade dele ter sofrido o acidente durante o golpe. Ou será que não? Anyway, eu fiquei com dó de ver Anthony Cooper numa cadeira de rodas, babando e não podendo falar.

Locke chega nos guardas do avião e é recepcionado com tiros e mais tiros, que não acertam-no. O que acontece? Será esse um fator do destino ou da imortalidade? Espero que descubramos no próximo episódio, que contará toda a história de Jacob e o Homem de Preto.

Choque de realidades acontecendo de novo: Claire diz a Jack que estava no mesmo vôo que ele. Eu, sinceramente, ficaria louco se morasse numa cidade tão grande e só conhecesse pessoas que tinham viajado no mesmo avião que eu. O destino está sempre ligado às pessoas? Eles sempre deveriam ter se conhecido e formado laços? Por isso esses encontros acontecem?

A caminho da morte: Sayid, Sun e Jin. Sawyer concretiza o plano e já pode tirar a cupa de Jack por ter matado Juliet. Jin e Sun: a morte mais chocante de todo o seriado. Os dois, que finalmente se encontraram, acabaram morrendo juntos por cagada. Por puro desejo de vingança por parte do Homem de Preto. Espero que, a partir de agora, ninguém mais tenha dúvidas sobre em que lado ele está né? Ele está no lado dele, e só.

The Candidate foi um episódio que não trouxe perguntas e também não respondeu. Não temos nada o que teorizar, e nem nada do que reclamar. Foi um episódio bom. Não foi demais e nem ruim. Foi bom. Foi normal. No nível que esperamos que todos os episódios fossem além, principalmente estando a três episódios do final. O grande final.

“Onde você está indo?”

“Terminar o que comecei.”

Wallpaper da última temporada de Lost

abril 29, 2010

Eu tava sem o que fazer e decidi fazer um wallpaper pra mim. Daí eu tava sem fazer, de novo, e resolvi disponibilizar pra quem quisesse pegar. Agora eu tô sem o que fazer e vim postar pra vocês. Peguem aí:

Tamanho Original (Widescreen) | 1024×768 (3:4)

Namastê!